Recife-PE - A operação Polícia Legal será posta em prática a partir desta terça-feira pelos policiais militares. Taxada de "greve branca", ela veta a atuação de PM´s nas ruas sem proteção individual (uso de colete a prova de balas), além de impedir que policiais sem curso específico para condução de veículos de emergência dirijam viaturas. Com isso, cerca de 50% a 60% do efetivo da Polícia Militar deve ficar restrito ao trabalho interno, dentro dos quartéis. A discussão sobre o reajuste salarial voltou à estaca zero após a reunião da noite desta segunda-feira.
Mais cedo, cerca de 600 policiais militares realizaram passeata pelo centro do Recife em protesto às atuais condições de trabalho na corporação. Os manifestantes se reuniram em assembleia no Quartel do Derby. De lá, saíram pela Avenida Conde da Boa Vista em direção à Assembleia Legislativa e ao Palácio do Governo.
O trânsito na Conde da Boa Vista ficou congestionado. Por volta das 19h30, o protesto continuava em frente ao Palácio. Enquanto isso, o secretário de administração do governo, Paulo Câmara, encontrava-se reunido com os representantes da polícia mlitar. O governador Eduardo Campos está em Brasília. A decisão de implantar a operação Policia Legal saiu ao final da reunião, pouco depois das 20h. O 11º Batalhão e o Batalhão de Choque já teriam aderido a campanha.
Em dado momento da passeata desta tarde, os manifestantes exigiram a saída do comandante da Secretaria de Defesa Social (SDS), Servilho Paiva. O comandante geral da Polícia Militar, coronel José Lopes, no entanto, chegou a pedir aos protestantes um voto de confiança ao governo de Eduardo Campos.
O percentual de aumento discutido na assembleia é de 10%. Os militares buscam uma equiparação em relação aos salários dos delegados da Polícia Civil, no valor de R$ 2.440. Atualmente, os policiais militares recebem R$ 1.310.
(Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR)