sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval: Policiais Militares temem não receber diárias operacionais 

Policiais militares que vão trabalhar durante o Carnaval no interior do Estado temem não receber as diárias operacionais pelos dias de serviço extra. Isso porque, segundo eles, os próprios comandantes de alguns batalhões anunciaram que não há como pagar os R$ 50 pelas seis horas de trabalho, valor correspondente a uma diária operacional.
De acordo com o presidente da Associação dos Policiais Militares da Região Agreste (Asspra), Heitor Rodrigues, cerca de 400 policiais do 8º Batalhão de Polícia Militar de Nova Cruz vão trabalhar no Carnaval, no regime de 24h por 24h e sem previsão de receber as diárias operacionais. Os policiais vão atuar nas praias de Pipa, Baia Formosa e Barra de Cunhaú.
“Vamos trabalhar feito escravos”, contou Heitor, emendando que os policiais entraram com um mandado de segurança junto à justiça na segunda-feira (8), com o objetivo de que as diárias sejam cumpridas. De acordo com Heitor, o juiz decidiu que o pagamento deve ser feito.
O presidente da Asspra disse que encaminhou ofício ao comandante geral da PM e ao comandante de policiamento do interior nesta quinta-feira (11), mas até o momento não recebeu resposta.
O mesmo problema se repete em outros batalhões do interior. O presidente da Associação dos Policias Militares de Mossoró e Região Oeste, Cleiton Jackson, disse que ouviu dos soldados do 2° Batalhão de Polícia Militar a mesma história: trabalho no carnaval é sem diárias operacionais.
Jackson disse que em Mossoró já há uma limitar da justiça que estabelece o pagamento das diárias, caso os policiais sejam convocados. O 2º BPM possui, em média, 500 policiais.
“O pessoal está preocupado. Estamos tentando contato com o comando geral, pois não podemos trabalhar sem receber”, contou Jackson.
Apesar do temor dos soldados, o comandante do Comando do Policiamento do Interior, coronel Francisco Reinaldo de Lima, garante que haverá o pagamento após o Carnaval, provavelmente, em março.
“Desconheço que algum comandante de batalhão tenha dito que não ia ter as diárias. Eles devem enviar a relação do pessoal que estava de folga e foi escalado para que seja feito o pagamento. O policial tem sim o direito a diária e deve receber”, esclareceu.
“O Estado está no limite prudencial, ficamos temerosos de não recebermos. Mas se não pagarem, vamos cobrar na justiça”, garantiu Heitor.


Plantão Jurídico

Durante os dias de Carnaval, o gabinete da Vereadora Sargento Regina (PDT) vai estar com um plantão jurídico 24h para atender aos policiais que se sentirem prejudicados. Policiais que verificarem condições de alojamento e trabalho inadequadas, não recebimento do vale alimentação e das diárias operacionais, ou ainda forem vítimas de abusos de poder e arbitrariedade, podem ligar para o telefone do plantão jurídico: (84) 8899 0063.

Em Natal

O comandante do Policiamento da Capital, coronel Francisco Araújo, garante que o problema relatado pelos policias do interior não acontece na Região Metropolitana de Natal, onde todos os policias escalados, de forma extra, vão receber as diárias operacionais.

Fonte: nominuto.com



Trabalhar no carnaval não agrada aos PMs
Apesar de alguns policiais militares gostarem de viajar, a ideia não agrada a todo o efetivo da PM, entre outros fatores, por deixar a família aqui em Natal. “Vou estar trabalhando e minha família também não vai para canto nenhum nesses quatro dias, pois não vão viajar sem mim. Ou seja, o trabalho atinge a mim e a eles”, afirmou o soldado da PM, Giovani, que neste ano foi deslocado para Guamaré.
Além disso, o lado financeiro também não agrada muito os policiais, mesmo eles recebendo a diária extra. “Gosto porque acho bom viajar, conhecer carnavais das diferentes cidades do interior, mas pelo lado financeiro não é muito vantajoso”, revelou o também soldado F. Dias, que vai estar de serviço em Alexandria.
Os policiais militares ganharam R$ 133 para trabalhar no carnaval no interior do Estado em 2009, fazendo plantões de 24 horas e folgando outras 24 horas durante os quatro dias. “Ainda gastamos com alimentação em algumas cidades onde a Prefeitura não disponibiliza isso”, afirmou o soldado Giovani. Este ano, a boa notícia para eles, é que a remuneração deve chegar a cerca de R$ 200.
Ônibus é trocado na hora do embarque
O motorista de ônibus Luís Aliesio Noronha acertou com o capitão da Polícia Militar de Apodi, cidade que fica a 420 km de Natal, para levar a tropa que fará o reforço do policiamento da cidade durante o carnaval. Porém, ao chegar na capital do Estado na manhã de ontem para pegar o policiais militares, o motorista surpreendeu o Comando da PM pelo estado em que se encontrava o veículo dele.
Estofados acabados, lixo espalhado por todo lado, pneus carecas, para-brisa trincado. “É uma viagem muito longa e esse ônibus não tem nem banheiro. É um absurdo, um risco ficar nele”, afirmou um dos policiais militares que estão escalados para reforçar o policiamento em Apodi.
Para Luís Aliesio, o veículo de 2006 está em bom estado e é seguro. “Não tem problema algum. Só esses estofados mesmo, mas isso é por causa das crianças. Todo ônibus que transporta jovem ficam assim”, explicou. “São seis horas de viagem, a gente vai devagar, com atenção e chega lá tudo bem”, garantiu.
Mesmo diante da explicação, os policiais militares continuaram pressionando e o fato chegou a um ponto que se transformou em piada. “Desse jeito, a gente não passa nem na barreira da Polícia Federal”, afirmou um outro PM. Depois de 15 minutos dentro do transporte, os policiais foram convidados a sair pelo Comando, que conseguiu outro transporte para levá-los até a cidade. O ônibus foi encaminhado para o Detran para averiguação.

Fonte: tribunadonorte

Fonte:http://caboheronides.blogspot.com/2010/02/carnaval-policiais-militares-temem-nao.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário