terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


Se o Piso Nacional não for aprovado, Operação Padrão será a saída

É sabido por todos que se o piso nacional para os profissionais de segurança pública não for fixado ainda esse mês a revolta imperará dentro do quartéis. Muito tem se falado em greve, aquartelamento e operação padrão.

O grande problema da greve é o fato da mesma ser considerada conduta ilegal se praticada por militar. Resumindo, 90% dos militares não tem coragem de entrar em greve e os 10% que tem, com certeza serão punidos sumariamente.

O aquartelamento, que é um movimento no qual os militares revoltosos se reunem e se apresentam de serviço e permanecem no quartel, sem folgar, é interessante pois aumenta as despesas do quartel e obriga o comando a fazer algo que geralmente não faz, ou seja, representar seus militares junto ao governo. Porém, a grande dificuldade de se conseguir algo com o aquartelamento se deve ao fato de que atualmente a grande maioria dos militares trabalham informalmente em sua folga (bico). Muitos fazem segurança privada, são motoristas, outros estudam, fazem faculdade e até mesmo se dedicam para concursos públicos. Esse é o calcanhar de Aquiles do aquartelamento. Se a tropa se dividir, não dá certo.

A operação padrão, destes movimentos reinvindicatórios, é a mais plausível. Os militares seguem as leis, normas e regulamentos à risca e acabam emperrando a máquina pública. As polícias federais costumam revistar todas as malas dos aeroportos (uma a uma) e em questão de minutos instala-se o caos. A grande sacada da operação padrão é a ausência de punição ou represália, pois o militar estará seguindo as regras e normas, não podendo ser punido. 

As polícias militares e corpos de bombeiros também estão tendenciosos a promover a operação padrão, caso não seja votado o piso nacional para a classe.

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