Em três meses, 50 policiais baleados no Rio |
Entre a madrugada do último sábado, dia 27 de março, e a tarde desta segunda-feira, dia 29, cinco policiais militares foram baleados no Estado do Rio. Lotado no 22º BPM (Benfica), o soldado Gualter Antônio Neves dos Santos, 22 anos, se dirigia para o batalhão quando foi cercado por criminosos, na Avenida Brasil, na altura da Penha, na Zona Norte, nesta segunda-feira. Ele reagiu e acabou sendo atingido na troca de tiros.
Horas antes, o cabo Jeferson da Silva Pereira, 36, e o soldado Anderson Azevedo Taveira, 28, lotados no 6º BPM (Tijuca), haviam sido atacados por traficantes do Morro do Encontro, no Grajaú, também na Zona Norte do Rio.
Os PMs realizavam patrulhamento de rotina e passavam pela Estrada Grajaú-Jacarepaguá quando foram atingidos. O cabo Jeferson levou um tiro no queixo e foi operado. De acordo com a assessoria da PM, seu estado de saúde é estável e ele não corre risco de morrer. Já Anderson levou um tiro de raspão no braço, foi medicado e liberado em seguida.
Também nesta segunda-feira, o cabo Edmilson Andrade Vidal, 31, lotado no 37º BPM (Resende), prestou depoimento na 93ª DP (Resende), após ter alta do Hospital São João Batista, no bairro São Geraldo, em Volta Redonda, onde estava internado desde a madrugada do último sábado. Ele havia sido baleado no pé esquerdo durante troca de tiros com dois homens que estavam em uma moto, na Rua Três de Março, no bairro Retiro, onde ocorria um baile funk.
O PM contou que seguia em seu Honda Civic em direção a uma lanchonete na Avenida Antônio de Almeida quando viu uma aglomeração e foi avisado por populares de que ocorria um tumulto na saída de um baile funk próximo à Praça Tiradentes, por volta das 4h40.
Suspeito de ter protagonizado o confronto, Janir Oliveira Ferreira Júnior, o Juninho, 25, recebeu alta médica do mesmo hospital, também ontem, e foi indiciado pelo delegado Michel Floroschk, adjunto da 93ª DP, por tentativa de homicídio. No tiroteio, três pessoas foram vítimas de balas perdidas: o técnico em mecânica Jefferson Rodrigo Lessa da Silva, 26, e José Pedro Paulo da Fonseca e Luiz Paulo Fonseca, ambos de 57.
Ainda em depoimento, o policial disse que se deparou com uma dupla na Rua Rubi e que um deles segurava um revólver, no momento em que gritou “é polícia, é polícia”.
Ainda em depoimento, o policial disse que se deparou com uma dupla na Rua Rubi e que um deles segurava um revólver, no momento em que gritou “é polícia, é polícia”.
“Ao passar por eles, o que estava armado atirou em minha direção. Um dos disparos atingiu a lataria do meu carro. Parei e fui baleado ao descer do veículo, mas, mesmo ferido, consegui revidar os tiros”, disse o PM, que conseguiu balear Janir.
Segundo ele, logo em seguida uma viatura passou e o socorreu, levando-o ao Hospital São João Batista. O suspeito foi preso quando deu entrada na mesma unidade de saúde e foi reconhecido pela vítima. Outras três pessoas foram levadas para a delegacia, mas foram soltas por falta de provas.
Também no sábado, dia 27, um outro PM foi baleado. O cabo Marco Antônio dos Santos Ferreira, 41, lotado no 12º BPM (Niterói), foi atingido em um bar em Itaboraí e não resistiu.
A poucas horas do mês de abril, 50 policiais fluminenses já foram alvos de atentados no Estado do Rio. A estatística possui 21 PMs mortos, 4 PCs mortos, 21 PMs baleados, 2 PC baleado, 1 PF morto e 1 PF baleado. Dos 50 policiais, 24 estavam de serviço. Quatro eram reformados.
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