Ato em Brasília reuniu policiais e bombeiros militares de todo o país pela aprovação da PEC 300, que propõe a criação de um piso salarial para os profissionais militares, tendo como base o salário dos profissionais de Brasília, o maior do país.
O deputado capitão Assunção, do PSB capixaba, falou sobre a mobilização dos profissionais militares e a pressão sobre a Câmara.
"Fizemos uma grande mobilização que começou as 10 horas da manhã em frente à Catedral e culminou na chegada à Câmara Federal com mais de 5 mil bombeiros e policiais militares. Foi uma manifestação bem organizada e disciplinada, como é comum entre os militares de um modo geral. E essa manifestação aconteceu porque houve no final do ano passado o comprometimento do presidente Michel Temer de colocar em votação no começo deste ano a PEC 300."
Um dos manifestantes que esteve no Congresso, o sargento Paulo Araújo de Oliveira, do Espírito Santo, comentou a proposta.
"Os policiais militares e os bombeiros militares precisam igualar seus salários em todos os Estados da Federação brasileira para que a gente possa dar um melhor serviço para a sociedade. E que os policiais e seus familiares tenham condições de viver com mais tranquilidade."
O autor, deputado Arnaldo Faria de Sá, do PTB de São Paulo, afirmou que a proposta evita distorsões, como um tenente de São Paulo ganhar menos que um soldado do Distrito Federal.
"Os policiais militares de Brasília têm uma remuneração bancada por um fundo do Governo Federal. E em comparação com os policiais militares de outros estados, a diferença é gritante. São Paulo, maior estado do país, tem uma proporção de início de carreira, de R$ 1 mil, enquanto o de Brasília, o início de carreira, é quatro R$ 4 mil. O que nós queremos é, justamente, acabar com essas distorções, fazendo com que policiais militares de todo o país, tenham a mesma remuneração."
Se aprovada a PEC 300, o piso salarial nacional de policiais militares e bombeiros militares deve ficar em torno de R$ 4 mil e 500.
De Brasília, Eduardo Tramarim
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