Nem bem terminaram as eleições e os ataques à pec 300 se proliferaram. Abertamente, o governo Lula, através, inicialmente, do Ministro do planejamento, Paulo Bernardo, declarou que 'é preciso evitar que isso seja aprovado'.- "Se queremos manter a casa em ordem, como vamos criar bilhões em despesas? A ideia é orientar a base aliada a não votar propostas para as quais não haja recursos previstos. O Congresso precisa ter cuidado para não dar sinal verde a coisas que terão graves consequências depois."
Em seguida, surge no cenário outro cão de guarda do governo, o Ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, despreparado e sem um domínio sobre o assunto, vem dizer que o diálogo entre o presidente da Câmara e os policiais 'foi rompida quando setores invadiram a Câmara e inviabilizaram a sessão' fazendo referência a um tumulto acontecido durante o esforço concentrado onde, abruptamente, encerrou-se os trabalhos sem que se votasse nada. Naquele dia, havia um entendimento de se concluir a votação em segundo turno da PEC 300. Agiu como um legítimo capataz do governo.
Invariavelmente, se mobiliza o líder do governo, Cândido Vaccarezza, que protelou o quanto pode a votação da PEC 300, alterou o texto, e depois de aprovada em primeiro turno, teve o desplante de usar o piso salarial nacional como mote de campanha para angariar votos dos policiais paulistas. Agora, apregou falsos rumores ao afirmar que "os governadores eleitos é que vão pagar a conta caso o piso policial nacional seja aprovado".
Vaccarezza se acha tão incólume após se valer da eleição do Tiririca para retornar à Câmara que afirma em alto e bom tom de truculência que 'O Poder deve ter seu rito próprio, seus interesses próprios e seguir seu caminho. Eu não acho que ameaça de invasão, ou invasão, ou o medo devam determinar o caminho para a votação das matérias.'
Agora, surge o "baluarte da oposição" na Câmara, Deputado João Almeida (PSDB/BA) em entrevista à Agência Câmara de Notícias, afirmando que concorda com o líder do governo em procrastinar a votação da PEC 300, usando o velho subterfúgio de que os novos governos estaduais precisam 'participar dessa discussão com mais profundidade'.
O líder do PSDB na Câmara cai em suas próprias palavras ao afirmar que 'no final da legislatura, os deputados não votam com as suas convicções próprias, mas com viés eleitoral. Aquele [momento da votação] não era um momento próprio para discussão [...]'
Vamos relembrar as convicções próprias do deputado João Almeida em 6/7/2010, ás 21:10:57, momento que antecedeu a votação da PEC 300 em primeiro turno. Nesse dia, esse parlamentar usa o tempo disponível da liderança e faz o seguinte pronunciamento: "[...] Vamos votar a regulamentação da emenda constitucional nº 29 e tudo o mais que está proposto, inclusive a PEC 300, que pode ser na sequência dessa sessão. Vossa Excelência convoca uma sessão extraordinária exclusivamente com a PEC 300 e vamos todos votar a PEC 300. O governo, o PT e sua base não querem votar PEC 300. Querem enganar os interessados, entubando quatro medidas provisórias, que depois vão virar oito. Eles estão interessados, sim, na matéria das medidas provisórias. Estão pongando na carona da mobilização da PEC 300. Isso já está definitivamente claro e esclarecido. Qualquer outro discurso é bolodório. Pois bem senhor Presidente, PSDB vota sim".
Seria cômico se não fosse trágico. Naquela data João almeida se manisfesta a favor. Ele e o PSDB. e a PEC 300 foi aprovada. Hoje, passadas as eleições, assumiu suas verdadeiras convicções. As convicções dos oito governos eleitos do PSDB, incluindo-se São Paulo e Minas. Essa é a a autêntica hipocrisia política nacional.
Resumão: grande parte dos parlamentares querem a aprovaç'ão da PEC 300. Mas, somente a nossa mobilização em Brasília nos dias 23 e 24 fará com que a matéria seja votada e aprovada definitivamente na Câmara dos Deputados.
Fonte: Capitão Assumção
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