sábado, 5 de março de 2011

Promotor quer acabar com jogo do bicho no RN




O Ministério Público Estadual (MPE) do Rio Grande do Norte decidiu decretar "guerra" de uma vez por todas contra o jogo do bicho, atividade que é proibida na legislação brasileira, mas é realizada tranquilamente em todo o Estado. A intenção do promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra é que a Polícia Civil adote medidas rígidas em todo o Estado contra essa prática. Já houve algumas ações isoladas, em algumas cidades do RN. Em Jucurutu, por exemplo, o delegado da cidade é quem foi preso.
Wendel Beetoven, que é da Promotoria de Justiça de Investigação Criminal, em Natal, solicitou às polícias Civil e Militar que ajam com maior rigor no combate à atividade, que é considerada contravenção - não chega a ser um crime, mas não é permitido no Estado. Por meio da assessoria de imprensa, o promotor disse que sua decisão foi tomada porque a prática ilícita é cometida livremente em praticamente todo o estado. "Isso pode caracterizar possível ineficiência ou conivência do sistema estadual de segurança pública com a prática de tal infração no RN", destacou o promotor de justiça.
À Polícia Civil ele recomenda que todos os servidores sejam orientados a combater o jogo do bicho, tanto na capital quanto no interior. Para a capital, a recomendação é para que a Delegacia Especializada em Costumes, que é responsável pela investigação da contravenção, faça seu papel. No interior, o dever de investigar esse tipo de caso é das delegacias distritais. O promotor solicita que sejam feitas operações policiais para identificar os pontos de exploração do jogo do bicho e que todos os envolvidos sejam responsabilizados, incluindo aquelas pessoas que participam direta e indiretamente.
Para a Polícia Militar as recomendações são semelhantes. Orienta que todos os policiais militares do Estado sejam informados sobre a "obrigação" de coibir o jogo do bicho. O documento é direcionado para os comandantes de Destacamentos, Pelotões, Companhias e Batalhões do interior e também da capital, assim como oficiais que ficam responsáveis pelo policiamento ostensivo no dia a dia dessas cidades. O promotor lembra que o não-cumprimento da recomendação pode resultar em ação criminal por omissão ou até por corrupção, caso seja provado em uma investigação paralela.
Foi justamente isso que aconteceu com o delegado Pedro Melo do Nascimento, que já foi delegado em Mossoró e foi condenado recentemente a mais de 14 anos de prisão justamente por uma questão associada ao jogo do bicho, em Jucurutu. Em 2008, ele era delegado da cidade e recebeu uma recomendação semelhante a esta que foi emitida por Beetoven. Ao invés de investigar a prática na cidade, o delegado cobrou propina aos bicheiros para não coibir a prática na cidade. A investigação foi feita pelo próprio MPE e em junho de 2010 Pedro foi preso ao ameaçar uma das testemunhas.
Pedro Melo foi condenado a 14 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, que é quando um servidor público aceita propina, e por concussão, que é quando o servidor cobra a propina. Ele ficou preso desde junho do ano passado, mas recorreu da decisão e ganhou o direito de aguardar o resultado em liberdade. Ele ainda continua nos quadros da Civil, onde foi investigado por outros dois casos de irregularidade por delegacias que já respondeu. O processo interno que pode resultar na sua expulsão ainda não foi concluído e o processo criminal está sob segredo de justiça.
*Jornal de fato

Polícia Militar de São Paulo testa "iPad mineiro"


O "iPad" mineiro em funcionamento:
primeiros testes serão feitos pela PM de SP

Tablet fabricado em Minas Gerais será usado para monitorar as ruas do Estado
A Polícia Militar de São Paulo começou a testar neste mês de março o primeiro tablet feito no Brasil, idealizado e produzido por uma fábrica em Betim, na Grande Belo Horizonte. Ao longo deste ano, a MXT Industrial encaminhará para São Paulo uma remessa total de 11 mil "iPads mineiros", chamados i-MXT. Neste mês, serão encaminhados mil.
O equipamento tem uma tela de 7 polegadas e terá uma configuração sob medida para atender os policiais, como aplicativos para consulta de placas de veículos e armas. O tablet nacional possui três portas usb, pesa 574 gramas e mede 19 cm X 12,8 cm, com espessura de 3,1 cm. É possível fazer videoconferências e utilizar o navegador integrado com rotas, por exemplo. O projeto de desenvolvimento teve início em 2009, custou R$ 4 milhões e durou aproximadamente um ano(...).
Subprefeito saberá de ocorrência em tempo real
Com o equipamento, a PM de São Paulo vai interligar os 1.900 quartéis existentes no Estado.”O objetivo é levar conhecimento. Poderemos recolher indicadores, controlar as atividades, saber o número de ocorrências atendidas por dia, enfim, proporcionar conhecimento em tempo real nas viaturas”, explica o tenente-coronel.
Na capital, por exemplo, já existe um convênio com a prefeitura para que, em apenas um clique, o subprefeito da região atingida por uma ocorrência tenha informação com agilidade e detalhamento, informa Deak Júnior(...).

PMs de Pernambuco pressionam por melhores salários:


Oficiais e praças policiais militares de Pernambuco estão insatisfeitos com o governo do Estado e iniciou diversas mobilizações, após o vencimento do prazo dar uma resposta às reivindicações referentes ao reajuste salarial da categoria. Há três meses, categoria e governo começaram negociação, mas deram um prazo de 90 dias para voltar à discussão. “A união de praças e oficiais mostra que toda a categoria está insatisfeita. E também revela que estamos ainda mais fortes”, avaliou o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Renílson Bezerra. Na reunião realizada ontem, entre as entidades e o governo, o sentimento era de decepção entre a categoria, pois nenhuma proposta foi apresentada a tropa. Diante da falta de posicionamento do Governo do Estado, as entidades representativas decidiram não mais esperar por prazos. Em respeito à sociedade pernambucana, a maioria dos militares presentes apoiou a idéia de adiar o movimento para depois do carnaval. A expectativa é que no dia 28 de março haja uma nova reunião com representantes do Governo e que haja a apresentação de valores até o dia 10 de abril. Caso isso não aconteça, foi decidida a realização de uma nova Assembléia Geral antes da Semana Santa desta vez com a definição de um movimento paredista, como última instância de solução. As entidades desejam uma negociação concreta, com números na mesa. Afinal de contas, há um ano a tropa aguarda por uma resposta e nada foi feito.