terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Piso salarial a policiais defendido por Tarso Genro é inviável, dizem especialistas



A proposta feita pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, de criar um piso salarial de R$ 3.200 para policiais civis e militares de todo o País é inviável, afirmam especialistas. O grande efetivo e as diferenças econômicas entre os estados barrariam a iniciativa.
De acordo com o último levantamento do Ministério da Justiça, de 2007, entre os policiais militares do País, apenas os do Distrito Federal tem piso maior que R$ 2.000. O salário mínimo dos policiais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Pará, por exemplo, não chegam a R$ 1.000.

Para estudiosos de segurança pública, o aumento dos salários de policiais é uma demanda mais que urgente. Alguns casos, como os do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul – com pisos de cerca de R$ 900 e R$ 800, respectivamente - já atingiram níveis críticos. “Não é possível que a gente espere que policiais mal pagos, muitas vezes morando em favelas, não se corrompam, não se seduzam com propinas. É fundamental a melhoria desses salários”, afirma a diretora do Centro de Estudos em Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro, Julita Tannuri Lemgruber.


No entanto, embora urgente, o montante necessário para garantir tamanho salto salarial parece não estar disponível. O professor do Núcleo de Estudos Sobre Violência e Segurança da Universidade de Brasília Arthur Trindade Costa afirma que os grandes efetivos policiais do País inviabilizariam a proposta. “É um gasto muito alto. É um efetivo gigantesco. Acho muito pouco provável que essa ideia vingue”.

De acordo com dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública, os estados brasileiros gastaram, ao todo, R$ 33,5 bilhões com segurança pública em 2007. A maior parte deste gasto destina-se ao pagamento de salários de policias militares, civis e bombeiros. Entre estes policiais – cerca de 600 mil – a grande maioria recebe salários menores do que o proposto por Tarso.


Para se ter um ideia, se o estado da Bahia decidisse adotar o novo piso, teria que somar aos R$ 1,7 bilhão já gastos em segurança pública por ano, mais R$ 710 milhões. O Estado de Pernambuco, que tem cerca de 20 mil dos 25 mil policiais ganhando menos que R$ 3.200, teria que investir mais R$ 470 milhões. Para Costa , o que é possível fazer no momento, “é realmente aumentar os salários no Rio do Janeiro“.


O Ministério da Justiça anunciou que pretende subsidiar o aumento do piso salarial dos policiais cariocas entre 2010 e 2016, na ação intitulada “Bolsa Olímpica”. De um mínimo que gira em torno de R$ 800, os mais baixos escalões passarão a receber os R$ 3.200. Tarso Genro afirmou que está trabalhando junto à Comissão de Orçamento do Congresso Nacional para reservar, em 2010, cerca de R$ 900 milhões para garantir o aumento. A ação é do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), órgão do Ministério da Justiça criado em 2007 para promover a qualificação e a melhoria da segurança pública nos estados.

A coordenadora do Curso de graduação em Segurança Pública da Universidade Católica de Brasília e ex-coordenadora de analise criminal da Secretaria Nacional de Segurança Pública (2003 e 2004) Marcelle Figueira aprova a iniciativa, mas critica o foco nas datas celebrativas. “No Rio, a questão do salário é uma das coisas mais fundamentais, mas é importante que isso não tome o caráter de uma ação apenas para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas”.

Redução da violência policial

Julita Lemgruber defende que, para continuar dando benefícios aos estados, o Ministério da Justiça cobre melhorias nos serviços de segurança pública. “É fundamental que estabeleça metas, principalmente relativas à redução da violência letal da ação policial. Até hoje, o Ministério da Justiça vem distribuindo verbas sem pedir retornos efetivos. Depois de quase dois anos, o Pronasci já está legitimado para exigir a redução dos homicídios”.
De acordo com dados divulgados pela ONG Human Rights Watch no último dia 8, a polícia do Rio de Janeiro matou 1.137 pessoas em 2008, e a de São Paulo, 397. No mesmo ano, toda polícia dos EUA matou 371 pessoas.

“Por incrível que pareça, ainda há uma crença de que a política do confronto funciona”, disse Lemgruber. “Há uma ideia de que a polícia precisa mostrar firmeza, só que essa firmeza provoca mortes”, contesta.

Entre os entrevistados, é consenso que apenas a melhoria salarial não é suficiente para diminuir o número de mortes em operações policiais e melhorar o serviço prestado. Eles defendem maior planejamento, investimento em setores de inteligência, punição à corrupção, e a substituição da política de enfrentamento por uma polícia vinculada ao cotidiano dos bairros.


“A lógica da asfixia [dos criminosos] não funciona. A solução é a presença cotidiana da polícia na comunidade, garantindo segurança para quem vive ali e eliminando concentrações de violência”, defende o fundador e membro do Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública José Marcelo Sallovitz Zacchi.


Segundo Arthur Costa, a proposta não é nova e já mostrou resultados satisfatórios em outros países. “Em 1972, a Polícia de Nova Iorque adotou normas de conduta. No mesmo ano, 91 pessoas tinham sido mortas pela polícia. Em 1973, o número caiu para 11. A partir daí, inúmeras outras polícias do mundo passaram a adotar normas de conduta. Recentemente, dois ou três estados adotaram semelhantes sistemas: São Paulo, Minas Gerais e Goiás. O sistema consiste em evitar ao máximo o uso das armas de fogo”.

Julita Lemgruber explica que a polícia de São Paulo criou uma divisão com cerca de 600 investigadores e que estaria esclarecendo cerca de 60% dos homicídios, enquanto a polícia dos Rio não esclareceria mais que 16% deles. “A impunidade também é um estímulo ao mau serviço policial”.

O relatório da Human Rights afirma que parte “substancial” dos mais de 11 mil casos de resistência seguida de morte registrados nos Estados do Rio e de São Paulo desde 2003 podem ter sido, na verdade, execuções extrajudiciais.

*Com BBC Brasil e Agência Estado
Fonte: http://capitaoassumcao.blogspot.com/

Inscrição para concurso Sargento PM especialista

Todos os soldados e cabos deverão se deslocar ao Quartel do Comando Geral da PMRN, com uma declaração do comandante da sua unidade, autorizando a participar do concurso, e o comprovante da conclusão do seu curso de formação (publicado em BG). È necessário está no Bom Comportamento e no mínimo 2 (dois) anos de rua. Todos esses requisitos deverão está no parecer do comandante de sua unidade.

Foi publicado o edital no BG 240, sendo que está disponível na internet até o BG 233.

VAGAS:

06 - sargento;

18 - cabo.

DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA
- Copia da Identidade Militar;

- Declaração do comandante (contendo nº de praça, matrícula, comportamento, tempo de serviço e tempo de lotação no setor);

- BG informando a ATA DE CONCLUSÃO DO CURSO (no caso da turma 2001, procurem o BG nº 43 de 06 de março de 2002);

- Comprovante e confirmação de inscrição (Pego na Diretoria de Pessoal 01, DP 01- que funciona no Comando Geral mesmo).

DO PRAZO DE INSCRIÇÃO:

-Até as 12 horas do dia 04 de janeiro de 2010.

(segunda-feira)


Estava presente na Assembleia Legislativa quando foi informado ao Cabo Jeoás a situação, na mesma hora o Cabo Jeoás manteve contato com o CMT Geral, onde foi solicitado prorrogação da inscrição.


Entendo como um desrespeito ao policial que se encontra no interior do estado a realização deste concurso sem há mínima divulgação, pois neste momento em que você está lendo tem um policial que não está sabendo o que está acontecendo.

"Digo a todos que estão sabendo, que realizem as inscrições para não dar oportunidade aquele mal policial que estava ciente e não repassou a tropa", Cabo Heronides.

Fonte :http://caboheronides.blogspot.com/

LIBERAÇÃO DE RECURSOS PARA O PAGAMENTO DO BOLSA FORMAÇÃO





O pagamento do Bolsa Formação a profissionais de Segurança Pública referente a dezembro estará disponível na primeira semana de janeiro, após os tramites legais com a Caixa Econômica Federal.

A informação foi divulgada na quarta-feira, pelo Ministério da Justiça, após aprovação pelo Congresso Nacional de crédito suplementar destinado ao pagamento das bolsas de dezembro, de acordo com Projeto de Lei n.º 91, sancionado em 23 de dezembro, próximo passado.

Em dezembro, os Policiais Militares e demais deixaram de receber a bolsa por atraso na votação do crédito suplementar, solicitado pelo Ministério da Justiça em agosto.

Contudo, a partir da próxima segunda-feira, dia 04 de janeiro de 2010, os pagamentos serão regularizados, segundo informações do próprio Ministério.

Representante Institucional do Bolsa Formação