quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Soldado EB esfaqueia sargento dentro do quartel em João Pessoa




Da Redação
Dois praças do Exército brasileiro se desentenderam na manhã desta quinta-feira (4), no Décimo quinto Batalhão Vidal de Negreiros, conhecido como "Quartel do Quinze", no bairro Cruz das Armas em João Pessoa.
As informações do exército dão conta que o soldado Fábio Sérgio Ramalho esfaqueou o 3º Sargento do Quadro Especial Dimas Severino Filho porque não quis obedecer as ordens do seu superior. Os dois estavam na cozinha do Batalhão quando o sargento pediu para que o soldado saísse. Segundo ele, Fábio estava atrapalhando o serviço dos colegas. Enfurecido com a ordem, Fábio pegou um faca e atingiu o pescoço de Dimas.
O sargento foi socorrido e encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma, na Capital.
A assessoria do Trauma confirmou que o sargento está internado, mas disse que não poderia fornecer mais nenhuma informação, pois o Exército proibiu a divulgação de qualquer detalhe sobre o caso. Apenas a corporação está autorizada a falar sobre o fato.
O major Soljenitsin informou ao Paraíba1 que o soldado Fábio está foragido e que o estado de saúde do sargento Dimas é estável. Ele esta no bloco cirúrgico do hospital. O comandante do Batalhão determinou que um Inquérito Policial Militar fosse instaurado para investigar a tentativa de homicídio.
- Sgt Wellington - Colaborador
Fonte:Blog da Renata

Dilma vai herdar um legado com temas delicados no Legislativo



Para Albuquerque, investimentos em saúde podem ser decididos neste ano - (Iano Andrade/CB/D.A Press - 8/3/07
)
Para Albuquerque, investimentos em saúde podem ser decididos neste ano
O novo Congresso que acompanhará a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) nos próximos quatro anos iniciará o mandato com missões espinhosas herdadas da atual legislatura. Temas econômicos, sociais e relacionados a gastos com o funcionalismo público serão evitados nas últimas semanas do ano legislativo de 2010 por falta de tempo e por solicitação do governo, que tenta votar prioridades definidas por Dilma.

A nova presidente já encarregou interlocutores da Câmara e do Senado a retirarem das discussões deste ano o reajuste do Judiciário, com impacto calculado em R$ 7 bilhões aos cofres públicos, levando em conta o efeito cascata, segundo a Comissão Mista do Orçamento. “Não temos o compromisso de dar reajuste ao Judiciário”, afirmou o vice-líder do Congresso, deputado Gilmar Machado (PT-MG). A criação de um novo imposto para custear investimentos em saúde também ficará para o novo Congresso.

O líder do governo na Câmara em exercício, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), afirma que a base foi orientada para tentar votar a regulamentação da Emenda nº 29, que fixa percentuais de investimentos em saúde, e que o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB), eleito vice-presidente, tem a intenção de colocar na pauta o segundo turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 300, que cria o piso do salário policial. “Temer quer votar o segundo turno da PEC nº 300 e a Emenda nº 29 para a saúde”, afirma Albuquerque. Integrantes da base, no entanto, indicam que não votarão projetos apenas pela “articulação política do Congresso” e que o esforço deliberativo contemplará apenas os pedidos feitos diretamente pela presidente eleita.

Desafios
Na lista dos desafios legislativos que Dilma enfrentará no próximo ano, também estão a análise do Código Florestal, que foi aprovado na comissão especial, mas não tem data de ir a plenário; itens polêmicos a serem regulamentados pelo Estatuto da Igualdade Racial; e o esboço do Plano Nacional de Direitos Humanos.

A estratégia de desidratar a pauta de fim de ano do Congresso tem o objetivo de contornar a mágoa da oposição e evitar que os adversários derrotados usem a missão de votar o projeto de lei do Orçamento para se vingar do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Votar o pré-sal para garantir a ampliação da receita no primeiro ano do governo Dilma ainda está nos planos dos líderes governistas. Mas a base ainda negocia o preço da adesão ao projeto.

Na Comissão Mista de Orçamento, o governo tenta conter guerra interna dos parlamentares da base que lutam pelo aumento do valor das emendas individuais. Atualmente, cada parlamentar tem direito a indicar R$ 12,5 milhões em recursos do Orçamento para obras direcionadas a sua base eleitoral. Os parlamentares querem ampliar o valor das emendas para R$ 15 milhões. O governo acha muito e, no fim das contas, pode acenar com R$ 14 milhões em emendas individuais para acalmar os ânimos. O custo do reajuste deverá sair da receita extra de R$ 17,7 bilhões anunciada ontem pelo relator setorial do Orçamento, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE). 

Policiais pedem que plano de segurança pública seja prioridade no novo governo (Alagoas)




image
"Temos uma jornada de trabalho desleal"

A melhoria da segurança pública em Alagoas é um dos desafios que o governador reeleito, Teotônio Vilela terá em sua próxima gestão. Em uma enquete realizada pelo "Cadaminuto" a questão foi eleita pelos internautas como prioritária. Mudanças na Secretaria de Defesa Social poderão ser as primeiras medidas para diminuir os índices de violência no Estado.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram que em 2007, Alagoas tinha a maior taxa de homicídios do país (59,5 por 100 mil habitantes), seguido do Espírito Santo, com 53,3, e de Pernambuco, com 53. Mais de duas mil mortes foram registradas desde o início deste ano, que tiveram como agravante o crescimento do tráfico de drogas no Estado.
O "Cadaminuto" entrevistou representantes dos sindicatos das Polícias Federal, Civil e militar para traçar o que as categorias esperam na nova gestão, tanto em termos de investimento em equipamentos quanto em qualificação. A realização de concurso público na área e aumento nos salários, como parte de uma plano de segurança pública foram apontados como fatores que contribuiriam para minimizar a violência.
O presidente do Sindicato dos policiais federais em Alagoas (Sinpofal), Jorge Venerando afirmou ser necessário um plano para a segurança pública do Estado, algo que para ele, até agora não foi feito. De acordo com o policial federal as polícias atuam sem planejamento, de acordo com as ocorrências e uma integração seria um dos desafios para o governador reeleito, apontando quatro eixos para a diminuição dos índices de violência no Estado.
“Esses pontos seriam formação e capacitação; Democratização, estabelecendo uma carreira única na PM e PC, para resgatar a auto-estima da categoria. Isso implicaria na realização de concursos para que aqueles que ingressam na base cheguem ao cargo mais elevado; Gestão participativa, pois os delegados são os donos dos inquéritos e têm acesso a informações privilegiadas e a sociedade não vê os resultados e ainda, reestruturação, remodelando e reformando as delegacias”, destacou.
Venerando lembrou que a diferença salarial dentro da própria polícia deve ser repensada. Uma equiparação seria uma das soluções apontadas por ele para chegar a bons resultados, afirmando que a criação de uma força tarefa, composta pelas polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária federal, além do Ministério Público Estadual e Federal e o Judiciário coibiria os crimes.
“A valorização salarial é muito importante. Um policial não pode viver dignamente ganhando R$ 1200,00, enquanto outros da mesma categoria, coronéis e delegados, ganham 10 mil. Tem que investir em cursos na área de inteligência, isso diminuiria casos de sequestros, assaltos a bancos, roubo a caixas eletrônicos e contrabando de armas. O governo também tem que investir em políticas públicas de educação e geração de empregos. Em menos de 4 anos isso é possível”, afirmou.
Já para o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), Josimar Melo o atual governador não fez um planejamento nesta gestão, desviando os agentes de suas funções. O sindicalista questionou o fato das delegacias não funcionarem 24 horas em ainda, a criação da Central de Polícia, que centraliza as queixas, impedindo a população de buscar outros meios de denunciar os crimes.
“O governo fez o contrário, tem uma política de desestruturação. Na delegacia-geral o escrivão faz serviços burocráticos e no lugar dele fica alguém que não está capacitado para a função. Na operação Asfixia os agentes fazem rondas, o que é papel da polícia militar. Não houve concursos públicos para a área da segurança, só remendos e já vimos que essa experiência deu errado. Fizemos um plano, que foi entregue ao governador para amenizar a violência”, destacou.
Para ele, não adiantam investimentos em equipamentos, como viaturas e armas se os policiais não estão qualificados. Melo afirmou ser preocupante o fato de 90% dos policiais terem dívidas de empréstimos consignados, por não conseguirem se manter com seus salários. O sindicalista ressaltou que Alagoas deveria seguir o exemplo de Sergipe, considerado o Estado que tem a melhor polícia do Brasil, com 75% dos casos solucionados.
“Não temos estímulos e ao contrário de Sergipe, onde um policial civil ganha R$ 4500,00 e um militar R$ 3200,00podendo receber até R$ 9 mil, somos um Estado com altos índices de homicídios. Quando não se dá condições de trabalho, não é possível cobrar um serviço bem feito. Os governantes não nos escutam, mas mesmo assim em 2011 vamos apresentar outro plano de segurança. É importante ouvir quem está atuando nas ruas. Estamos fazendo nossa parte”, destacou.
De acordo com Wagner Simas, presidente da Associação Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (ACS) a valorização profissional deve ser uma das prioridades para melhorar a segurança no Estado. Ele informou que 400 militares deram entrada na Procuradoria Geral do Estado (PGE) para conseguir ir para a reserva remunerada. No entanto, a prerrogativa não foi concedida, por alegação de que o efetivo diminuiria e haveria impactos na folha de pagamento.
“Tem que existir a carreira militar. Não é uma questão de reajuste, pois o que recebemos foi uma reposição que o Estado nos devia e só pagou por decisão judicial. Esses militares que pediram a promoção na PGE têm 30 anos de serviço e direito a ela. Temos uma jornada de trabalho desleal, o certo seriam escalas de 12/48 ou 24/72. Também é necessário um acompanhamento feito por psicólogos e assistentes sociais e não jogar os militares na mídia, de forma negativa ou nas cadeias”, afirmou.
Simas lembrou ainda, que o investimento feito na compra de armamento, munições e viaturas veio do governo federal, por meio do Pronasci e pediu um canal aberto de diálogo entre a categoria e o governador. "Esse diálogo não aconteceu nesta gestão, mas a cúpula da segurança tem que ouvir quem está na linha de frente. O dinheiro do governo federal não pode ser usado para investir em concursos. Temos direito à isonomia salarial anualmente, mas isso não foi aplicado. Nesses quatro anos nossa data-base está em aberto", ressaltou o militar.