sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PMs decidem prosseguir em greve na Bahia



Depois de um dia inteiro de negociação, a assembleia dos policiais militares no Ginásio do Sindicato dos Bancários decidiu nesta quinta-feira pela continuidade da greve. A comissão das associações que representa os policiais militares não conseguiu fechar um acordo com o governo, assim a paralisação chega ao seu 10º dia. Elas querem que o pagamento da GAP 4 seja antecipado de novembro para março. 

O governo mantém a proposta inicial. Segundo integrantes do comando do movimento, há cerca de dez mil policiais no local. O acesso ao ginásio está restrito porque jornalistas e fotógrafos foram impedidos de presenciar o encontro.

Uma comissão de deputados de partidos que apoiam o governador Jaques Wagner tentou costurar um acordo político para amenizar as punições aos líderes dos grevistas. O deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB) contou que essa comissão já conseguiu negociar a manutenção dos 12 líderes com mandado de prisão preventiva em Salvador e não em presídios federais como chegou a anunciar o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

"Estamos garantindo aos grevistas que não haverá retaliação para quem fez a paralisação e não participou de atos de vandalismo, mas não há como negociar a revogação das prisões", disse.

Por outro lado, Gomes entende que, se a greve for encerrada, não haverá mais sentido manter preso os acusados.

"Creio que eles deveriam responder em liberdade", opinou.

Líderes estão no Sindicato dos Bancários

Depois de desocuparem a Assembleia Legislativa da Bahia e verem dois líderes do movimento deixarem o local presos, cerca de dois mil policiais militares em greve estão reunidos no ginásio do Sindicato dos Bancários, no centro de Salvador, numa assembleia para decidir a continuação ou não da greve da PM, deflagrada no dia 31 de janeiro. Os PMs continuam assegurando que a greve continua apesar da rendição dos amotinados ao comando das operações militares. Segundo um dos policiais que participa e acompanha a movimentação dos colegas, o grande problema agora é eleição de um novo líder para a mobilização. Ao mesmo tempo, um outro grupo de policiais está reunido com representantes do governo. A expectativa é por uma nova proposta às reivindicações.

De acordo com o deputado Capitão Tadeu Fernandes, um dos representantes dos PMs, a categoria está reunida para ouvir uma nova proposta do governo e decidir sobre a continuidade da paralisação. A última proposta do governo é o aumento de 6,5% retroativo a janeiro, pagamento da GAP 4 (Gratificação de Atividade Policial) entre novembro desse ano e 2013 e pagamento da GAP 5 em 2015. Os policiais querem a GAP 4 em março de 2012 e a GAP 5 em 2013, além da revogação dos mandados de prisão das 12 lideranças do movimento.

Muitos estão propondo que essa liderança seja o capitão reformado Tadeu Fernandes, deputado estadual (PSB) que vem atuando como negociador com o governo do estado. Ele teria a "vantagem" de ter imunidade parlamentar ou seja não correria o risco de ser preso ou punido. A assembleia do Sindicato dos Bancários, que não tem hora para começar, deve decidir se a greve vai continuar. Os oficiais também marcaram uma assembleia para a tarde num hotel de Salvador para decidir se aderem à greve.

Os grevistas presentes no sindicato se mostram revoltados com a detenção de quatro dos 12 líderes do movimento que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Um dos presentes garantiu que a paralisação da PM é quase que total.

"Só quem está dizendo que a greve acabou é a mídia", reclamou um deles. Fonte: Diário de Pernambuco

Policiais civis, militares e Corpo de Bombeiros decretam greve no Rio


RIO - A uma semana do maior carnaval do mundo, as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro decretaram greve na noite desta quinta-feira, 9, após quase seis horas de assembleia na Cinelândia, no centro carioca.

Policiais e bombeiros se reuniram no centro do Rio e decidiram cruzar os braços
As categorias reivindicavam, além de reajustes nos salários e melhorias nos benefícios, a libertação do cabo Benevenuto Daciolo, preso na noite de quarta-feira, após gravações feitas com autorização judicial indicarem que ele incitava que a paralisação da Polícia Militar na Bahia fosse estendida também para o Rio.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, comissário Fernando Bandeira, afirmou que a categoria se comprometeu a manter 30% do efetivo em operação para atender a casos de flagrantes, homicídios e remoção de cadáveres. Comissários, detetives e peritos não contam com a adesão dos delegados.

Já os policiais militares e bombeiros prometeram permanecer dentro dos quartéis dos seus respectivos batalhões.