Estratégia do tolerância zero, servi para PEC 300, mas porque não serviu para pressionar o governo do Estado em nossa mobilização por reajuste salarial?
Estranho! como tudo muda repentinamente, se antes a estratégia do tolerância zero não foi aplicada para pressionar o governo do estado, para possibilitar a negociação em torno do reajuste salarial, agora ela é apresentada e incentivada como uma medida eficaz pela ASPRA-Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares, que até então não acreditava e nem hipotecava qualquer apoio a PEC 300, mas o que será mesmo que mudou? Bem! o que interessa é a participação e o apoio, a conclusão fica a cargo de cada um.
A PEC 300 atualmente é uma luta em que todos estão engajados e a tendência é crescer e se fortalecer a cada dia, como vem acontecendo, e todos estão convencidos de que o único meio de conseguirmos a valorização de nossa profissão é termos um piso salarial nacional, não só compatível com a responsabilidade, complexidade e perigo da atividade, como também para possibilitar uma remuneração justa e digna.
Sendo assim, como chamei a atenção recentemente, nesta luta precisamos de todo mundo, e a ASPRA como precursora de tantas e tantas lutas, não poderia ficar de fora, afinal sabemos de seu potencial e sua trajetória de luta e mobilização, que não pode ser ignorada, mas também não pode ser usada ao sabor e interesse de seus dirigentes, porque se lhes foram conferidos poderes para representar e reivindicar em nome de seus representados, pertence a estes intransferívelmente toda e qualquer discussão e decisão sobre quais rumos a entidade deve seguir em suas lutas em defesa da classe.
Se por acaso os dirigentes forem assaltados pela dúvida e a incerteza sobre qual decisão deve orientar suas ações, a assembléia devidamente convocada para esta finalidade, poderá ser o instrumento para orientar o planejamento de ações e até o dispêndio financeiro para sua execução.
Independentemente de quais razões ou interesses moveram a ASPRA a se juntar ao movimento pró PEC 300 somente agora é fundamental que ocupe seu lugar no concerto das entidades e, possa desempenhar seu papel como entidade que respeita os direitos de seus associados cumprindo sua finalidade primária de agir sempre em defesa dos interesses dos policiais e bombeiros militares, posição esta digna de sua história de lutas e conquistas.
Cabe agora, a cada um participar e cumprir rigorosamente as orientações e medidas que forem definidas, para assim engrossarmos o coro e pressionar o governo, os líderes de bancadas, o presidente da câmara federal Michel Temer, e outros deputados detratores da proposta para podermos a recolocar na pauta para votação e aprovação.
O movimento nacional tolerância zero, será um marco para a sociedade e para o Brasil, vez que sabemos que há muita tolerância com o cometimento de infrações e até delitos de pequeno potencial ofensivo, mormente os de ação penal pública privada e condicionada.
O cumprimento da legalidade além de constituir-se em um dever de todo profissional de segurança pública e um direito do cidadão, mostrará aos cidadãos as deficiências, carências, e desestrutura do sistema de segurança púbica para cumprir sua função de assegurar um clima de segurança e proteção a sociedade. Ação unificada e conjugada de todos as polícias, bombeiro militares e agentes penitenciários, irá escancarar para a sociedade brasileira a inexistência histórica de políticas de valorização da profissão e investimentos adequados e suficientes na qualificação, treinamento, reaparelhamento e modernização dos órgãos de persecução criminal, que por isso andam sempre atrasados e em descompasso com o avanço da criminalidade e o recrudescimento da violência, o que muitos já sabem, mas insistem em não enxergar, mais por interesses particulares e de grupos de poder
Fica pois o registro de nossa satisfação em poder ver que apesar do atraso aparentemente injusticável, o clamor dos policiais e bombeiros militares foram ouvidos, e a ASPRA assumiu seu importante papel como liderança respeitada e reconhecida nacionalmente, entre todas as entidades representativas de praças e oficiais.
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