terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dois PMs de Minas Gerais são presos suspeitos de envolvimento com o tráfico

Dois policiais militares do 39º Batalhão da PM foram presos na noite de domingo (12/9) suspeitos de ligação com o tráfico de drogas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Outros militares do mesmo batalhão iniciaram uma operação para localizar e prender um traficante procurado pela justiça. Eles ficaram surpresos depois de descobrir o envolvimento dos colegas no crime.As buscas começaram no Bairro Novo Eldorado e o traficante alvo da operação era Weleison Silva Pereira, de 31 anos. O suspeito foi encontrado em um carro com um soldado do mesmo batalhão dos militares que faziam o rastreamento. O policial estava à paisana e de folga. Ele portava uma pistola calibre .40 de uso restrito das Forças Armadas.O militar não soube explicar aos colegas a procedência da arma e de vários cartuchos de munição que foram encontrados com ele. Na casa do soldado foram encontradas munições de vários calibres, duas buchas de maconha e 300 gramas de pasta base de cocaína.

Outro PM no crime

O carro que era usado pelo soldado e pelo traficante era de outro policial da mesma unidade. O dono do veículo foi localizado e preso enquanto trabalhava na sede do batalhão. Na casa dele os colegas encontraram vários cartuchos.Os dois policiais e o traficante foram presos e encaminhados para a 6ª Delegacia Seccional de Contagem. A polícia não divulgou os nomes dos militares presos, informou apenas que um deles tem oito anos de corporação e o outro quatro anos de serviço.Os policiais estão detidos em uma cela no 39º Batalhão. O soldado que foi encontrado com Weleison foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, porte ilegal de arma e porte ilegal de munição. O policial dono do carro usado pelos outros dois suspeitos foi autuado por porte ilegal de munição.Segundo o comandante do 39º Batalhão, o major Helbert Carvalhaes, além de responderem na Justiça comum pelo inquérito instaurado pela Polícia Civil, os policiais presos serão submetidos a um processo administrativo disciplinar (PAD) que pode resultar em expulsão. O major disse que o caso dos militares deve servir de lição para que outros policiais não transgridam a lei.

Fonte: Correio Braziliense

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