MARIA INEZ MAGALHÃES
Rio - Atrasadas em seis meses, as bolsas Copa e Olímpica vão demorar ainda mais a entrar na conta dos servidores da Segurança Pública que trabalharão nos dois eventos, em 2014 e 2016. O adicional da Bolsa Olímpica é de R$ 1,2 mil para agentes com salário bruto de até R$ 3,2 mil. A Bolsa Copa, que não prevê teto mínimo, é de R$ 550.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) informou que ainda não há previsão para as gratificações começarem a ser pagas. Um dos motivos é a mudança de titularidade da pasta, que aconteceu nesta semana. Para o lugar do então secretário Ricardo Balestreri foi nomeada Regina Miki. Ainda segundo a secretaria, por ser um momento de transição, ainda não está definido o responsável pelos programas.
O governo anunciou que as bolsas Copa e Olimpíada começariam a ser pagas a partir de julho do ano passado, com tolerância de 120 dias — o que estenderia o prazo para novembro. Seria o tempo para que os estados participantes apresentassem ao Ministério da Justiça seus planos para os dois eventos.
Polêmica desde a implantação
O atraso no pagamento das bolsas Copa e Olímpica é um capítulo polêmico desde sua regulamentação, assinada em fevereiro de 2010. A portaria excluiu servidores com mais de 23 anos de carreira para a Bolsa Copa.
Ficaram de fora os oficiais, porque ganham acima de R$ 3,2 mil. Assim, alguns subordinados passarão a receber mais que seus comandantes.
Já para a Bolsa Olímpica — que inclui a Guarda Municipal —, os servidores têm que ter, no mínimo, mais sete anos de trabalho a cumprir em suas instituições.
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