A luta por aumento na remuneração. Esse foi o motivo que reuniu milhares de policiais e bombeiros militares de todo o Brasil em marchas por todas as capitais desta sexta-feira (23). Em Maceió, dezenas de policiais e bombeiros militares participaram de um ato pelas ruas do Centro da capital alagoana, em protesto pela aprovação da PEC 300, que estabelece piso salarial para policiais militares, civis, bombeiros e agentes penitenciários. A mobilização é para chamar atenção do governo para a aprovação da PEC 300, que foi incorporada a PEC 446 e que prevê equiparação dos salários de todos os servidores da segurança pública, ativos e inativos, das unidades federativas do País com o salário de policiais do Distrito Federal (R$ 3,5 mil e R$ 7 mil - para praças e oficiais, respectivamente). De acordo com líderes do Movimento das Entidades Representativas de Classe, a Tropa Militar teria sido liberada do expediente por conta de que, hoje é comemorado o Dia de São Jorge – padroeiro da corporação. Porém, por conta do ato da categoria, os militares tiveram que retornar as suas respectivas unidades, após a missa realizada no início da manhã em homenagem ao padroeiro, na Catedral Metropolitana de Maceió. “O Comando da PM esta querendo desestabilizar o nosso movimento, mas não vai conseguir. Juntos somos mais fortes”, disseram os militares. “O governo de Alagoas infelizmente trabalha contra a aprovação da PEC dos militares. Deixa a criminalidade tomar conta do Estado e não investe em políticas públicas. Precisamos de agentes qualificados e piso salarial digno!”, afirmou o presidente da Associação dos Oficiais Militares (Assomal), Major Wellington Fragoso. Ainda segundo o oficial, todo o dia é possível ver no Diário Oficial do Estado, nomeações de cargos de comissão e autorização da Secretaria de Gestão Pública para pagar horas extras aos delegados de polícia, “e o governo vem com essa conversa de que não tem dinheiro para conceder reajuste salarial! Isso é um absurdo... Temos que nos vestir de palhaços e ficar nesse sol escaldante para cobrar nossos direitos. Não aceitamos esse descaso”, acrescentou o presidente da Assomal. Segundo o presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos (Assmal), Sargento Teobaldo, a categoria pede desculpas a sociedade, mas salienta que é preciso que as pessoas entendam que os policiais necessitam de dignidade. Para ele, a PEC 300 é relevante para a segurança pública do Brasil. Para o cabo Wagner Simas, presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS/AL), policiais de hoje não têm capacidade intelectual para lidar com a criminalidade do Estado por conta de cargas excessivas de serviço, por falta inteiramente de compromisso do governo de Alagoas. “No Batalhão de Policiamento Escolar, os policiais trabalham com escala de 24 por 48, trabalham mais de 240 horas por mês, e no final não recebem pelo serviço realizado”, afirmou Simas. O deputado Antonio Carlos Chamariz esteve no ato, e salientou o apoio pela aprovação da PEC 300. Segundo o parlamentar, a bandeira de Alagoas é levada em todos os lugares que passa e o próprio se orgulha de defender a classe policial. “Seguimos o exemplo do Estado de Sergipe, lá o piso salarial inicial é de R$ 3.200, Se naquele Estado pode, porque aqui não pode!”, finalizou Chamariz.
Fonte:http://www.alemtemporeal.com.br/?pag=cidade&cod=11980
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